quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Um atleta para eternidade (CNA)




“A vida, muitas vezes, pode não ser fácil.
Mas quando você se curvar...
Que seja para pegar impulso
Para mais um novo desafio.”







   Essa frase associada à imagem de Oscar Pistorius, postada no dia 12 de janeiro de 2012, no meu blog literário, foi uma homenagem que fiz ao (se não maior) um dos maiores ícones de superação do esporte.
   Pistorius nasceu com uma deformação na parte inferior das pernas, fato que acarretou na amputação dos dois membros na altura dos joelhos quando ainda não havia completado sequer 1 ano de idade. Realidade esta que não o impossibilitou de se tornar um velocista, mais que isso, sua condição não foi capaz de impedi-lo de se tornar o primeiro campeão paralímpico a competir entre atletas sem limitações físicas. Para conseguir tal feito foi necessário superar não somente os desafios da pista de corrida. Também foi preciso combater – através de pesquisas – as acusações de que suas próteses de fibra de carbono lhe garantiam certa vantagem sobre os atletas aptos. Conseguir esse direito na justiça foi só mais um obstáculo superado pelo atleta que tornou-se famoso em todo o mundo pelas conquistas que contribuíram não somente para incentivar a superação de dificuldades, mas também para os avanços tecnológicos e uma notável ampliação na visibilidade para o esporte praticado por para-atletas. Sua vida pessoal, no entanto, preenchida por uma série de polêmicas e escândalos teve o acontecimento mais grave traçado na semana passada. O admirador de armas de fogo alvejou e matou a companheira de 3 meses de relacionamento, Reeva Steenkamp.
   A versão de que Oscar teria confundido a namorada com um invasor teve sua credibilidade contestada e investigações estão sendo feitas.
   Após 4 dias de audiência no tribunal de Pretória, na África do Sul,  o atleta teve seu pedido de fiança concedido e irá aguardar o julgamento em liberdade. Em meio a todo esse ocorrido, me foi questionado se eu manteria a imagem de Oscar Pristorius associada a minha frase de superação. Minha resposta foi a mais objetiva possível: Espero que a justiça seja feita, mas, independentemente de qual for o resultado do julgamento, que não se apague da memória das pessoas o histórico de um fenomenal atleta que parecia não conhecer o significado da palavra limitação. 

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