domingo, 25 de setembro de 2011

Até logo! (Palavras ao Vento)

Até logo!
(Thiago Tavares)

O que é a morte se não o retorno para minha verdadeira realidade?
O que seria o tempo que estive encarnado neste corpo se não um misero grão de areia na grande ampulheta da eternidade?
Como poderia me entristecer no momento do qual meu verdadeiro eu se liberta do cárcere em direção ao infinito?
Em verdade digo que estive me preparando para este que é o processo do qual todos nós estamos fadados e estou certo de que levei comigo um aprendizado de grande valor.
Não se entristeçam com minha partida, não permitam que em seus corações resida a dor, pois logo voltaremos a nos encontrar.
Até que este maravilhoso dia chegue, peço que façam o melhor que puderem nesta existência. Não tenham dúvidas de que estarei me empenhando para auxiliá-los de onde quer que esteja.
    
Dedico estas palavras a todos aqueles que de alguma forma me proporcionaram o crescimento moral do qual me foi possível atingir! Obrigado a todos.

                                              Até logo! 

O pequeno esquife (Palavras ao Vento)

 O pequeno esquife
      (Thiago Tavares)       

            Ancorado em meu cais
            contemplava o horizonte
            tentando imaginar as maravilhas
            ocultas por detrás daquela linha tênue onde céu e mar se confundem.
               
             Decidido a saciar minha curiosidade
             reuni coragem num delongado suspiro
             e libertando-me da insegurança, parti rumo ao longínquo horizonte.

             Em minhas tolas fantasias
             cheguei a acreditar que viveria somente sonhos...
             Ah! Estúpida inocência!
             Mal sabia que estava a caminho de uma imensidão de armadilhas.

             Atordoado pelas tempestades e pelo mar revolto
             vi os medos mais devastadores despertarem em meu peito.
             Não sei por quanto tempo estive tentando escapar de toda aquela fúria,
             mas quando finalmente perdi minhas forças,
             desejei a segurança de meu cais,
             contudo, era tarde demais para retornar.
             Estava perdido em mar aberto!

             Um após o outro os dias se passaram
             pouco a pouco a alegria de desbravador se esvaiu
             e as lágrimas do arrependimento ocuparam o espaço por ela deixado.
             Estava tudo perdido,
             ou melhor, foi somente quando acreditei que tudo estava perdido
             que meus olhos amedrontados avistaram a salvação.
            
             Uma pequena ilha que, a centenas de milhas de qualquer lugar,
             parecia-me tão perdida quanto eu.
             Que bela visão!
             Uma euforia sem tamanho invadiu-me
             e cheguei a comparar aquele pedaço de terra firme com meu velho cais.

             Estava a salvo!
             Despendi os últimos resquícios 
             de minhas forças para alcançá-la
             e nela pude repousar.
             Enfim posso sonhar!

sábado, 24 de setembro de 2011

O encontro de duas almas (Palavras ao Vento)

        O encontro de duas almas
                                               (Thiago Tavares)

Carrego comigo uma pequena mochila
Mochila está da qual nunca me separei.
Sorrisos e lágrimas,
vitórias e derrotas,
tudo que vivi nela esta contido.

Assim somos todos nós na grande escola da vida.
Carregamos nas costas o que somos,
trazemos conosco somente o que aprendemos.
Nada mais e nada menos.

O que nos difere dos demais
é tão somente a mochila que trazemos conosco.
Ela representa nossas histórias e experiências.

Separados, estivemos aumentando nossas bagagens,
sem suspeitarmos que o destino tramava nossa união.
Assim foi até o dia que finalmente nossos olhos vieram a se encontrar.

O que passamos até então foi somente um preparo.
Ensinamentos que certamente nos permitirão
vivermos uma relação sólida e verdadeira.

O acaso nos uniu e não há força capaz de separar-nos!
Que nossa história avance por esta vida,
ultrapasse a barreira cronológica de nossa existência terrena
e invada nossas almas eternas, para que enfim esse amor se faça infinito!


PRÊMIO SESC DE LITERATURA


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PRÊMIO SESC DE LITERATURA objetiva premiar textos inéditos nas categorias CONTO e ROMANCE, destinados ao público adulto, escritos em língua portuguesa, por autores brasileiros ou estrangeiros residentes no Brasil. Não é permitida a inscrição de menores de 18 anos, bem como de residentes no exterior. 

As inscrições para a edição 2011/2012 foram prorrogadas até 30 de setembro. 
Ainda dá tempo de participar!